
IVA Dual: A Transformação Tributária que Promete Simplificar o Brasil


A unificação dos tributos sobre o consumo por meio da CBS e do IBS inaugura uma nova era fiscal no país, com impacto direto na competitividade, na segurança jurídica e na vida das empresas brasileiras.
A reforma tributária brasileira entrou em um dos momentos mais decisivos da sua implementação: a adoção do modelo de IVA Dual, que substituirá uma série de tributos complexos e fragmentados por dois impostos modernos, simples e transparentes. A criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal, e do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), administrado por estados e municípios, está movimentando o país — do setor produtivo ao universo jurídico — e reacendendo debates sobre eficiência, competitividade e futuro econômico.
Segundo análise distribuída pela Thomson Reuters, a transição para o IVA é vista como "o maior avanço estrutural do sistema tributário brasileiro em décadas", capaz de destravar o crescimento e reduzir a burocracia que historicamente trava investimentos.
A grande virada: o fim da colcha de retalhos tributária
A proposta encerra uma fragmentação considerada prejudicial para empresas, consumidores e para o próprio Estado. Tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS serão gradualmente substituídos por apenas dois impostos.
O resultado pretendido é claro: menos litígios, menos custos operacionais e mais previsibilidade.
Especialistas avaliam que o Brasil dá um passo firme em direção a padrões internacionais. "A lógica do IVA é adotada pelas maiores economias do mundo. A reforma coloca o Brasil dentro do mapa global de competitividade tributária", afirma um relatório técnico amplamente citado no setor.
CBS e IBS: como funcionará o IVA brasileiro
A CBS terá gestão integral da União, enquanto o IBS será compartilhado por estados e municípios, com governança conjunta e normas uniformes. Ambos seguirão o princípio do crédito financeiro, garantindo que todo imposto pago na cadeia produtiva possa ser abatido na etapa seguinte.
Essa mudança promete acabar com a guerra fiscal silenciosa e com o famoso "custo Brasil" que afeta desde pequenas empresas até grandes exportadores. Para a Thomson Reuters, a padronização "reduz drasticamente a margem para interpretações divergentes e confere maior segurança jurídica ao ambiente de negócios".
O impacto direto no cotidiano das empresas
A simplificação tributária deve reduzir horas gastas com conformidade fiscal e diminuir o risco de autuações, erros ou inconsistências. Pequenas e grandes organizações serão impactadas, especialmente aquelas com operações multissetoriais ou interestaduais.
Analistas apontam que o novo modelo amplia a transparência e reduz as distorções econômicas. "Com um sistema mais racional, o empresário consegue planejar melhor, investir com mais confiança e expandir com menos incerteza", destaca a avaliação da Thomson Reuters.
A expectativa no setor produtivo é que a reforma impulsione a formalização, aumente a competitividade internacional e crie espaço para que empresas brasileiras disputem mercados que antes pareciam improváveis.
Conclusão: uma estrada longa, mas indispensável
A implementação do IVA Dual não será simples. A transição exige tecnologia, adaptação de sistemas, treinamento e novas rotinas contábeis. Mas a direção é incontestável: o Brasil está entrando em uma nova fase de maturidade tributária.
A sociedade — especialmente advogados, contadores, empresas e gestores públicos — terá papel fundamental na construção desse novo ambiente.
O momento é de preparação estratégica.
Acompanhe as mudanças, participe dos debates e esteja pronto para a nova era tributária que está sendo construída agora.
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